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Consumismo

Até onde vai uma obsessão consumista? Ainda me surpreende saber que consumidores ficaram até cinco dias na fila em frente das lojas da Apple para comprar o novo iPhone. O consumismo é um deus que leva as pessoas a agirem de maneira irracional. Parece que o consumismo tem um efeito de dominar as pessoas na mesma dimensão que uma droga tem sobre os dependentes químicos. O comprador compulsivo é um adicto alienado de sua própria condição. A realidade é que o consumismo é um paliativo da vida que não deu certo, das frustrações não resolvidas, dos fracassos não assumidos, do vazio de alma não preenchido. A vida se torna um desvalor quando é baseada em valores das coisas que se adquirem. O Senhor Jesus alertou os seus discípulos sobre isso.

Lucas 12:15-21
15 Então lhes disse: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens”.
16 Então lhes contou esta parábola: “A terra de certo homem rico produziu muito bem.
17 Ele pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’.
18 “Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens.
19 E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’.
20 “Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou? ’
21 “Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus”.

Coisas não deixam as pessoas mais felizes. Blaise Pascal, matemático, cristão, já dizia no sec. XVII “O homem já teve a verdadeira felicidade, do qual agora resta nele apenas o sinal e o espaço vazio, que ele tenta em vão preencher com as coisas ao seu redor, procurando em coisas ausentes a ajuda que não obtém nas coisas presentes. Essas, porém, são todas incapazes, porque o abismo infinito pode ser preenchido somente por objeto infinito e imutável, ou seja, apenas pelo próprio Deus”.